Alunos visitam Palácio da Justiça, marco da arquitetura Modernista em Porto Alegre
O Palácio da Justiça, no Centro Histórico de Porto Alegre, foi sede e atração principal da visita guiada de estudantes da Faculdade de Arquitetura da UFRGS, na tarde desta sexta-feira , organizada pelo Memorial do Judiciário do RS.
Conduzidos pelo Arquiteto do Memorial, Roberto Medeiros Soares, os alunos do 3ª semestre percorreram cada um dos sete andares do prédio e conheceram detalhes históricos e técnicos que tornaram a construção, inaugurada em 1968, referência Modernista na capital gaúcha.
A primeira parada foi na exposição permanente, no andar térreo, que conta a cronologia dos edifícios do Tribunal de Justiça ao longo de 150 anos de trajetória. A construção do Palácio da Justiça, projetado pelos Arquiteto Luís Fernando Corona, em coautoria com o acadêmico Carlos Maximiliano Fayet, iniciaria em 1953.
“O prédio todo pode ser encarado como uma obra de arte”, explicou Roberto, destacando a influência de Le Corbusier, precursor da arquitetura modernista, nos elementos incorporados à construção.
O servidor do Memorial disse que a recepção aos alunos, futuros profissionais da área, é gratificante, e lembrou a própria experiência com visitas de quando era graduando. “Vejo como é importante, é um aprendizado que fica para sempre e muito fácil de ser assimilado. Então faço questão que essas visitas sempre aconteçam”.
Os estudantes valorizaram a experiência. Mateus Machado destacou a oportunidade de conhecer por dentro um exemplo de arquitetura que é estudada na Faculdade. “A gente vê muito de fora, na rua, no celular, nas fotos, mas estar aqui é completamente diferente. A gente consegue viver o que de fato é a arquitetura de qualidade que muda a cidade”.
A Professora da turma e docente permanente do Programa de pós-graduação em Museologia e Patrimônio FABICO/UFRGS, Luisa Durán Rocca, acompanhou a visita e disse que o prédio é como uma metáfora. “Esse edifício eu o entendo como uma metáfora arquitetônica, tridimensional, pela questão do acesso à justiça, pela questão da justiça que não está cega”, definiu em alusão à estátua da Deusa Themis, em uma das fachadas.